8 mulheres imigrantes que mudaram os EUA e o mundo

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8 mulheres imigrantes que mudaram os EUA e o mundo

No dia da mulher e no Women’s History Month, a BRZ está homenageando todas as mulheres. Seja ao destacar mulheres incríveis que realizaram o extraordinário ou ao destacar a importância e relevância da mulher na sociedade americana, como um todo. Em outros artigos, já abordamos a contribuição das mulheres latinas na sociedade (parte 1 e parte 2) e falamos de representantes latinas que nos dão orgulho de dizer de onde viemos. 

Mas a sociedade dos EUA é formada por imigrantes de todas as partes e não seria justo se falássemos de uma só origem. Hoje vamos falar de mulheres de todas as partes do mundo que migraram para a América e, apesar das adversidades e privações que todas conhecemos,  fizeram História e mudaram o mundo.

Por ser uma sociedade tão diversa, a sociedade americana tem uma infinidade de exemplos, aqui escolhemos 8 representantes para te inspirar no dia 8:

1- Ilhan Omar, deputada

Ilhan Omar veio para a América com a sua família, como refugiada, fugindo da guerra civil da Somália e passou quatro anos em um campo de refugiados queniano antes de receber asilo nos EUA. 

Em 2016, ela foi eleita como representante da Câmara de Minnesota, tornando-a a funcionária pública somali-americana mais eleita nos Estados Unidos e a primeira legisladora estadual somali-americana. 

Em janeiro de 2019, Omar foi empossada como deputada representando o 5º distrito congressional de Minnesota na Câmara dos Deputados dos EUA, tornando-se a primeira refugiada africana a se tornar membro do Congresso, a primeira mulher negra a representar Minnesota e uma das as duas primeiras mulheres muçulmanas-americanas eleitas para o Congresso (junto com Rashida Tlaib). 

Após a eleição de Omar, a proibição de cobrir a cabeça na Câmara dos EUA foi modificada, e Omar se tornou a primeira mulher a usar um hijab no plenário da Câmara.

Uma de suas realizações mais notáveis, além de todas as suas participações pioneiras, foi trabalhar como diretora de políticas da ONG Women Organizing Women, que pretende envolver mulheres, incluindo imigrantes de primeira geração, no processo político e comunidade local. 

Ilhan Omar faz parte do grupo informal conhecido como “The Squad”, cujos membros formam uma frente unificada para pressionar por mudanças progressistas, como o Green New Deal e o Medicare for All. Junto com ela no esquadrão, estão Ayanna Pressley, Rashida Tlaib e Alexandria Ocasio-Cortez.

2- Elisabeth Kübler-Ross, psiquiatra 

A Dra. Elisabeth Kübler-Ross era uma psiquiatra nascida na Suíça, se mudou para os Estados Unidos em 1958. Foi pioneira em estudos de quase morte e autora do best-seller internacional On Death and Dying (1969), onde discutiu pela primeira vez sua teoria dos cinco estágios do luto, também conhecida como “Modelo Kübler-Ross”. 

A Dra. Elisabeth conduziu muitos workshops sobre vida, morte, luto e AIDS em diferentes partes do mundo. Um de seus maiores desejos era construir uma casa de cuidados para bebês abandonados e crianças infectadas com HIV para dar-lhes um lar duradouro onde pudessem viver até a morte. Ela tentou fazer isso no final dos anos 80 na Virgínia, mas os moradores locais temiam a possibilidade de infecção e bloquearam o rezoneamento necessário. 

Em 1994, ela perdeu sua casa e muitos pertences, incluindo fotos, diários e notas, em um incêndio criminoso que se suspeita ter sido iniciado por oponentes de seu trabalho contra a AIDS.

Kübler-Ross foi a primeira pessoa a repensar a maneira de olhar para os doentes terminais, foi pioneira em cuidados paliativos, e a força motriz por trás do movimento para que médicos e enfermeiros tratassem pacientes sem esperança de melhora, com dignidade.

A Dra. Elisabeth Kübler-Ross foi induzida em 2007 ao National Women’s Hall of Fame, foi nomeada pela Time como uma das “100 Pensadoras Mais Importantes” do século 20 e recebeu dezenove graus honorários. 

3- Hedy Lamarr, atriz e inventora 

A austríaca Hedy Lamarr é sempre citada nas listas que citam grandes contribuições de mulheres para a humanidade. Se estou escrevendo para você e se você acessa um blog, ou redes sociais pelo celular, é a ela que temos que agradecer. 

Ela foi uma atriz e inventora vienense que se mudou para Hollywood na década de 1930 e se naturalizou em 1953.  Já foi apelidada de “a mulher mais bonita do mundo”,porém, esse rótulo não era o seu favorito. Ela era muito mais que beleza, ela foi uma das inventoras de um tecnologia que nos permitiu ter WiFi, Bluetooth e CDMA. 

Inspirada no funcionamento de um piano, Lamarr e seu amigo compositor identificaram uma maneira de evitar que submarinos alemães interferissem nos sinais de rádio aliados durante a Segunda Guerra, resultando em uma patente de salto de frequência. 

Além de um currículo hollywoodiano invejável, Hedy mudou o rumo da história das comunicações e de coisas que ainda nem terminamos de desenvolver.  

4- Madeleine Albright, ex-secretária de Estado dos EUA

“Há um lugar especial no inferno para as mulheres que não se ajudam” Madeleine Albright

Filha de um refugiado político tchecoslovaco, Madeleine Albright nasceu em Praga, hoje República Tcheca, emigrou da Grã-Bretanha e depois para os Estados Unidos em 1948, em busca de asilo. 

Herdou de seu pai o interesse por relações internacionais e se tornou embaixadora dos EUA nas Nações Unidas. Mas o que realmente marcou a sua história e a do país, foi quando ela se tornou a primeira mulher secretária de estado e a mulher de mais alto escalão na história do governo dos EUA na época. Ela foi indicada pelo presidente Bill Clinton em 1996 e foi confirmada por unanimidade pelo Senado.

Como secretária de Estado, Albright desempenhou um papel importante na intervenção de 1999 que separou Kosovo da Sérvia, desafiando a convenção e contornando o Conselho de Segurança da ONU e engajando a OTAN. Essa parte da história é controversa, porém ela se defendeu dizendo: “O que fizemos lá não foi legal, mas estava certo”. No Kosovo hoje, Albright é considerada heroína dos direitos humanos, se posicionando contra o genocídio.

Em 1998, Albright foi introduzida no National Women’s Hall of Fame. Albright foi a segunda ganhadora do Prêmio de Cidadania Hanno R. Ellenbogen concedido pela Sociedade de Praga para Cooperação Internacional. Em 2000, Albright recebeu a Medalha de Prata Honorária de Jan Masaryk em uma cerimônia em Praga patrocinada pela Fundação Bohemian e pelo Ministério das Relações Exteriores da República Tcheca. Em 2010, ela foi introduzida no Hall da Fama das Mulheres do Colorado.

Albright atualmente atua como professora de relações internacionais na Universidade de Georgetown e, em 2012, foi premiada com a Medalha Presidencial da Liberdade pelo presidente dos EUA, Barack Obama. Albright também atua como diretora do Conselho de Relações Exteriores.

Albright possui diplomas honorários da Brandeis University (1996), University of Washington (2002), Smith College (2003), Washington University in St. Louis (2003), University of Winnipeg (2005), University of North Carolina em Chapel Hill (2007),[135] Knox College (2008), Dickinson College (2014), e Tufts University (2015).

Albright foi selecionada para o Forbes 50 Over 50 inaugural de 2021, composto por empresários, líderes, cientistas e criadores com mais de 50 anos.

5- Mother Jones, ativista

Nascida na Irlanda, Mary Harris “Mother” Jones e sua família deixaram seu país natal durante a fome da batata e acabaram migrando para os EUA quando ela tinha 23 anos. Uma vez nomeada “a mulher mais perigosa da América”, Mother Jones era famosa por seu sucesso como organizadora de protestos trabalhistas e cofundadora da Industrial Workers of the World.

No entanto, foi sua capacidade de continuar diante do desastre e da perda que a tornou uma lenda: Em 1867, ela ficou viúva e mãe sem filhos quando seu marido e quatro filhos morreram de febre tifóide e, apenas quatro anos depois, ela foi forçada a reconstruir sua vida novamente depois de perder tudo o que possuía no Grande Incêndio de Chicago.

Ela ajudou a reconstruir Chicago e ainda assim continuou o seu trabalho pelas causas trabalhistas. Ela sofreu ameaças de prisão e morte por sua causa e continuou trabalhando até sua morte, com quase 100 anos.

6- Dra. Elizabeth Stern, pesquisadora do Câncer Cervical

Elizabeth Stern nasceu no Canadá, mas depois emigrou para os EUA para cursar medicina. Ela é mais conhecida por sua pesquisa inovadora sobre o câncer do colo do útero, ou câncer cervical. 

A doença, que era considerada fatal, antes de seu tempo, passou a ser tratável depois de seu trabalho que levou à detecção e ao tratamento bem-sucedido do câncer. Em 1963, ela descobriu uma ligação entre herpes e câncer do colo do útero, e também foi a primeira pessoa a relatar uma correlação entre o uso prolongado de contraceptivos orais e o mesmo câncer.

É a ela que devemos agradecer pelos exames preventivos de câncer incluídos em nossos exames anuais de saúde da mulher, que detectam qualquer alteração em estágio inicial e todos os anos previnem muitas de nós dos graves avanços da doença.

7- Emma Goldman, anarquista

Emma Goldman nasceu na Lituânia em uma família judia-russa e emigrou para os EUA em 1885. Trabalhou como operária e logo se tornou agitadora política, de ideologia anarquista. A sua primeira participação relevante na causa foi um protesto pacífico, que virou greve em Chicago, na luta por 8 horas de trabalho regulamentadas por lei. 

Emma viajou pelos EUA levando suas crenças anarquistas e falando para milhares de milhares de pessoas sobre temas que vão desde os direitos das mulheres até o amor livre. Goldman foi presa várias vezes por “incitar ao tumulto” e distribuir informações sobre controle de natalidade. 

Uma mulher claramente à frente no seu tempo. 

Em 1917, Emma foi sentenciada a dois anos de prisão por se manifestar contra o alistamento militar. Após sua libertação, ela foi logo enquadrada em mais um crime e deportada para a Rússia, para não ser presa mais uma vez. 

8- Chimamanda Ngozi Adichie, escritora 

Nascida na Nigéria, Chimamanda é considerada uma das grandes escritoras de sua geração e é uma voz proeminente da literatura africana contemporânea. Adichie nasceu na cidade de Enugu, na Nigéria, a quinta de seis filhos de uma família Igbo. Filha de professor de estatística e da primeira mulher registradora da universidade, ela foi criada na cidade universitária de Nsukka no estado de Enugu. A família perdeu quase tudo durante a Guerra Civil Nigeriana, incluindo seus avós maternos e paternos.

Chimamanda Adichie estudou medicina e farmácia na Universidade da Nigéria e durante este período, ela editou The Compass, uma revista dirigida por estudantes de medicina católicos da universidade. Aos 19 anos, em 1997, ela veio para os Estados Unidos e se sentiu “profundamente irritada” (palavras dela) em como os americanos viam a África como um lugar monolítico, e com a mistura de ignorância e arrogância em relação às pessoas que vinham de lá.

Em seus textos e livros, Chimamanda Ngozi Adichie investiga detalhes da Nigéria, da América e da experiência dos imigrantes. Feminista, ela aborda a questão dos gêneros e comenta que as mulheres lidam de maneira diferente com a imigração, e abre a discussão sobre os abusos sofridos e a solidão de uma mulher imigrante. 

Em 2008, ela foi premiada com um MacArthur Genius Grant.

Adichie deu uma palestra intitulada “The Danger of a Single Story” para o TED em 2009 que tornou-se um dos TED Talks mais vistos de todos os tempos, tendo acumulado mais de 27 milhões de visualizações. Em 2012, ela falou sobre ser feminista para o TEDxEuston em com seu discurso “Todos devemos ser feministas” que iniciou uma conversa mundial sobre o tema e foi publicado como um livro em 2014, que vendeu milhões de cópias pelo mundo e foi sampleado para a música de 2013 “*** Flawless” da artista americana Beyoncé.

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