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Qual a história por trás do feriado de Thanksgiving?

Thanksgiving é um feriado que muita gente que nasceu fora dos EUA, só conhece pela TV. Assim como o 4 de Julho, o famoso Dia de Ação de Graças, está presente em nossas vidas através do entretenimento americano que tanto faz parte do nosso cotidiano. 

Filmes, livros, séries e reality shows, nos apresentaram as tradições mais notáveis: cores de outono, abóboras, peru, cranberries, indígenas e peregrinos, futebol americano e um forte sentimento de gratidão para compartilhar com todos. Mas fora isso, você sabe a história por trás do Thanksgiving? Sabe como virou feriado? Antes de atacar o seu jantar, explicamos tudo pra você entrar de cabeça nas festividades do dia.

Origens do Thanksgiving

Existem diversos relatos de celebrações em agradecimento às bênçãos e à fartura na colheita, muitos antecedem a colonização européia da América do Norte, como o próprio Samhain, que originou o Halloween. Os primeiros serviços documentados de ação de graças em território atualmente pertencente aos Estados Unidos foram conduzidos por espanhóis e franceses no século XVI. 

Mas a celebração que deu origem ao feriado que hoje comemoramos, envolve colonos, também chamados peregrinos, e indígenas, num acordo de colaboração e coexistência, ocorrido em Massachusetts.

Em setembro de 1620, um navio chamado Mayflower deixou Plymouth, Inglaterra, transportando 102 passageiros em busca de um novo lar, de um local para praticar livremente sua fé, e/ou atraídos pela promessa de prosperidade no “Novo Mundo”. 

Plymouth e os povos nativos

Depois de uma travessia traiçoeira de 66 dias, o Mayflower chegou a baía de Massachusetts, onde futuramente foi estabelecida a aldeia de Plymouth. 

Foi necessário permanecer a bordo no primeiro inverno, já que os colonos não estavam preparados para construir, caçar ou coletar alimento naquelas condições climáticas, além disso, ocorreu um surto de doenças contagiosas que abateu metade dos passageiros. 

Quando a primavera começou a dar seus sinais e os colonos finalmente desembarcaram, receberam a visita de um membro da tribo Abenaki que os cumprimentou em inglês, pois já tinha tido contato com outros colonos e fez as interações iniciais. Ele voltou dias depois com outro nativo americano, chamado Squanto, que tinha ido à Europa como escravo e também falava inglês. Foi ele que ensinou como cultivar milho, extrair seiva de bordo, pescar nos rios e evitar plantas venenosas, o que salvou os peregrinos da desnutrição e do completo fracasso da missão. 

Squanto também foi determinante na formação de uma aliança com a tribo local dos Wampanoag que duraria mais de 50 anos e infelizmente, é um dos únicos exemplos de harmonia entre colonos europeus e nativos americanos. O tratado entre os dois grupos durou até a Guerra do Rei Philip (1675-76), na qual centenas de colonos e milhares de nativos americanos perderam suas vidas.

Em novembro de 1621, depois que a primeira colheita de milho dos peregrinos foi bem-sucedida, seguindo as orientações dos indígenas, o governador William Bradford organizou uma festa comemorativa e convidou o grupo de aliados nativos americanos da colônia, incluindo o chefe Wampanoag Massasoit. 

A maioria das pessoas comia do lado de fora sentada no chão ou em barris com pratos no colo. Os homens atiraram, fizeram corridas, comeram e beberam, e ainda tentavam falar em inglês e em wampanoag. 

Mas nem toda história é unânime sobre a ordem e origem dos acontecimentos. De acordo com relatos de descendentes Wampanoag, a festa da colheita foi originalmente planejada apenas para os Peregrinos, porém os nativos, ouvindo tiros comemorativos e temendo a guerra, chegaram para ver a festa e foram calorosamente recebidos para se juntar à celebração, contribuindo com sua própria comida para a refeição. 

Primeira refeição de Thanksgiving

Muito se especula sobre o cardápio do famoso banquete que originou um dos feriados mais queridos e celebrados dos EUA. O que realmente poderia estar no cardápio? Como a tradição se transformou e como os atuais pratos entraram na festa?

Peru de Ação de Graças

Relato retirado do diário do peregrino Edward Winslow: 

“Com a colheita feita, nosso governador enviou quatro homens em caça de aves, para que de uma maneira especial nos alegrássemos juntos, depois de colhermos os frutos de nosso trabalho; eles quatro em um dia mataram tantas aves quanto, com um pouco ajuda ao lado, atendeu a Companhia quase uma semana”.

Não há registros precisos sobre quais seriam as aves, mas os perus selvagens eram abundantes na região e uma fonte de alimento comum tanto para os colonos ingleses quanto para os nativos americanos. Entretanto, não tem como afirmar que eram perus ou quaisquer outras aves que também apareciam nos pratos dos colonos, como gansos ou patos. 

Já sabe como fazer um jantar de Thanksgiving em segurança? Nós reunimos as melhores orientações para garantir a você um feriado sem dor de cabeça.

Frutos do mar

Ainda na área das proteínas, apesar de não figurarem no atual tradicional jantar de Ação de Graças, os frutos do mar, provavelmente, fizeram parte do primeiro banquete. Mexilhões, lagosta, robalo, amêijoas e ostras eram abundantes e de fácil coleta em New England.

Frutas e Vegetais

Como a celebração marcava a primeira colheita dos peregrinos, nos resta crer que os vegetais e as frutas tiveram especial atenção na mesa. Os vegetais locais que provavelmente apareceram na mesa incluem cebola, feijão, alface, espinafre, repolho, cenoura e talvez ervilha. O milho, o tradicional primeiro cultivo dos colonos, foi servido provavelmente em forma de fubá, transformado em mingau, como o costume da época. 

Frutas nativas da região incluíam mirtilos, ameixas, uvas, groselhas, framboesas e, claro, cranberries, que os nativos americanos comiam e usavam como corante natural. Mas o molho de cranberries dificilmente fez parte do primeiro jantar, já que o açúcar dos peregrinos tinha acabado há tempos.

Batatas

Apesar das batatas estarem em diversas formas e variedades diferentes nos jantares de Thanksgiving de hoje, elas não poderiam fazer parte do jantar de 1621, já que ainda não tinham sido inseridas na América do Norte. 

Torta de abóbora

As abóboras faziam parte da alimentação dos peregrinos e dos membros da tribo Wampanoag. Porém, os ingredientes necessários para fazer uma torta não estavam disponíveis, além disso, ainda não haviam construídos fornos para assar qualquer coisa.  

Os historiadores sugerem que muitos dos pratos foram preparados usando especiarias e métodos de culinária tradicionais dos nativos americanos. O suprimento de açúcar do Mayflower havia acabado no outono de 1621, e sem forno não podiam haver tortas, bolos ou outras sobremesas, que se tornaram marcas registradas das celebrações contemporâneas

O Feriado de Thanksgiving

Ao repetir as celebrações em Plymouth e espalhar a tradição por New England, Thanksgiving se tornou uma prática religiosa e chegou a ser oficializada por George Washington durante a Revolução Americana. Seus sucessores John Adams e James Madison também designaram dias de agradecimento durante suas presidências.

Mas o primeiro estado a adotar oficialmente o feriado anual de Ação de Graças, foi NY em 1817. Em 1827, Sarah Josepha Hale, famosa editora de revista, escritora e autora, lançou uma campanha para estabelecer o Thanksgiving como feriado nacional e por 36 anos, publicou editoriais e enviou muitas cartas a governadores, senadores, presidentes e outros políticos, ganhando o apelido de “Mãe do Thanksgiving”.

Em 1863, no auge da Guerra Civil, Abraham Lincoln finalmente atendeu ao seu pedido. Ele programou o Dia de Ação de Graças para a última quinta-feira de novembro, e foi celebrado naquele dia até 1939, quando Franklin D. Roosevelt adiou o feriado em uma semana em uma tentativa de estimular as vendas no varejo durante a Grande Depressão. 

O plano de Roosevelt, conhecido ironicamente como Franksgiving, não atingiu grande popularidade e, em 1941, o presidente assinou um projeto de lei que tornava o Dia de Ação de Graças na quarta quinta-feira de novembro.

Tradições e rituais de Thanksgiving

Apesar de ter perdido a conotação religiosa que teve um dia, o feriado de Thanksgiving é um dos mais importantes da sociedade americana, e muito mais que o Natal, é a data para cozinhar e compartilhar uma refeição farta com a família e amigos. E sem seguir uma religião definida, a data se tornou ainda mais democrática e adotada por todos.

Além disso, desfiles, as famosas parades, também viraram tradição. Um dos mais conhecidos é o Macy’s Thanksgiving Day Parade, da loja de departamentos Macy’s, que desde 1924 atrai cerca de 2 a 3 milhões de espectadores ao longo de seu percurso de 2,5 milhas e ainda atrai uma enorme audiência de televisão hoje em dia.

Outra tradição curiosa, que começou em meados do séc. XX, é o perdão do peru pelo presidente dos Estados Unidos. A cada ano o presidente “poupa” uma ou duas aves do abate e manda para a aposentadoria em uma fazenda. Vários governadores dos EUA também realizam o ritual anual do perdão. 

Os jogos de futebol americano no Dia de Ação de Graças, começaram com uma partida entre Yale e Princeton em 1876, e a tradição foi naturalmente estendida à NFL. 

Vai assistir aos jogos na quinta-feira e ainda não entendeu muito bem o esporte? Confira o nosso Guia para Iniciantes na NFL!

O feriado associado aos peregrinos e nativos americanos passou a simbolizar a paz intercultural, a oportunidade da América para os recém-chegados e a santidade do lar e da família, apesar das controvérsias históricas. 

Cabe a nós, imigrantes, abraçar o sentido de paz, comunhão e gratidão do dia. Afinal de contas, qual o sacrifício em reunir família e amigos, fazer uma excelente refeição e pensar em todas as bênçãos do ano que passou?

Nós da BRZ desejamos o melhor Dia de Ação de Graças da sua vida!

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